O MÊS DE AGOSTO E AS JUVENTUDES
- Paulo Rosa

- 7 de ago. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de ago. de 2023
Nosso território é diverso! Por isso, não existe juventude no singular. O
que acontece numa praça do Parque Veneza, por exemplo, não é a mesma
coisa que ocorre numa rua movimentada do Taborda. Estou dando como
exemplo estes bairros da sede do município, mas poderia falar de outras
localidades; afinal, temos mais de 60 bairros oficializados em nossa lei de
abairramento e no mais recente levantamento oficial realizado por amplas
equipes da Prefeitura, o nosso Atlas Macacu. Livro, aliás, que também é site e
que também pode ser compartilhado via QR CODE. Aos poucos, todas as
escolas receberão este rico material.
Coloco fé que Agosto não é o tal “mês do desgosto”, como alguns
antigos comentam; afinal, o otimismo deve prevalecer! Ser positivo é vibrar o
calor dos dias. E falando nisso, estamos num dos invernos mais quentes que já
presenciei. Até o Botafogo decidiu reviver seu tempo glorioso e tem
arrebentado em campo. A cada jogo, mais vitórias vamos agregando. Nada
contra os vascaínos, tricolores e flamenguistas, ok?
Nesta primeira coluna, vamos abordar as diferentes nuances deste mês
que é conhecido por alguns como um “mês que nunca acaba”; na verdade,
este é um mês tão plural quanto o conceito de juventude. Se você “der um
Google”, logo terá uma gama de opções que vão te linkar à ideias prontas
sobre o que seria juventude. Mas, pare 3 minutos. Feche os olhos e reflita: o que são as juventudes? Existem diversas maneiras de se viver os tempos da
mocidade. A juventude de cidades médias, por exemplo, é diferente de cidades
pequenas e ruralizadas. Como você enxerga Cachoeiras de Macacu neste
contexto? É um tema que passa também pelos mais experientes, pois quantos
de nós já não tivemos que conviver – ou ainda estamos convivendo – com
nossos avós dentro de casa? É preciso compreender essa troca geracional
como uma indispensável oportunidade de crescimento interior. A curto, médio e
longo prazo, conviver com os mais velhos nos faz pessoas melhores.
É também em Agosto que se comemora o dia da Saúde; o dia do
Folclore; o dia de combate à poluição; o dia nacional dos Povos Indígenas e...
o DIA NACIONAL DA JUVENTUDE. Você sabia disso? E tem até uma lei,
chamada Lei 10.515/2002, promulgada pelo Senado Federal. Neste sentido, a
juventude brasileira é formada por indivíduos entre 15 a 29 anos. Após alguns
anos, no dia 05 de Agosto, consolidou-se o Estatuto Nacional da Juventude por
meio de outra lei, a 12.852/2013. Esta coluna comemora os 10 anos do
Estatuto da Juventude, agora em 2023. É tarefa do Governo Federal e suas
demais esferas, garantir políticas públicas duradouras, para além de mandatos,
a fim de se promover um futuro mais justo, dinâmico e próspero aos jovens.
Esta não é apenas uma tarefa do Estado, mas também de diferentes setores
da sociedade, entre os quais, a família e o próprio cidadão.
Sabemos, entretanto, que os desafios para os jovens – sejam eles
trabalhadores e estudantes ou apenas estudantes – são cada vez maiores. A
imersão, por exemplo, nas novas tecnologias frente aos cenários de alta
competitividade do mercado de trabalho, faz muito jovem paralisar sob o
pessimismo ou criar seu próprio empreendimento. O importante é não parar de
buscar, aprender, estudar e verificar dentro de si, suas aptidões genuínas.
Nosso cérebro sempre pode reaprender a aprender; abrindo-se à novas
habilidades. Antes de terminar esta primeira coluna, deixarei uma dica de
leitura aos jovens e também uma provocação sobre o tema da redação de um
– se não me engano - ENEM recente. O tema do Exame Nacional do Ensino
Médio foi o seguinte: Desafios e Perspectivas para a Juventude do Século
XXI. Como você se localiza nessa temática? De que maneira você pode ser um
sujeito ativo no processo de construção de novas perspectivas e horizontes de
sua própria vida? São perguntas que devemos fazer quando estivermos
caminhando sobre a corda bamba da vida e da juventude. E não se esqueçam:
estejam abertos ao novo, pois a juventude é plural. Mesmo que observando
apenas a nossa amada Cachoeiras de Macacu: aqui temos diversas nuances
de jovens e de realidades, conforme falado inicialmente. Importante que
estejamos atentos às oportunidades e aos meios de transformação sociais os
quais lutaremos para alcançar. Por exemplo, a chance de conseguir se
matricular num curso de capacitação gratuito ou fazer uma prova de redação
que lhe garantirá uma vaga numa universidade pública ou instituição civil-
militar.
Atenção! Respira, investigue-se, respeite-se e acolha-se dentro de sua
realidade e do seu tempo. Só você poderá fazer isso.
Deixo meu abraço e a dica de leitura da coluna deste mês incrível é:
“Mindset – a nova psicologia do sucesso”, da Carol S. Dweck.





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