Segundo filho autista?

Qual a probabilidade de nascer uma criança autista quando o primeiro filho já está diagnosticado no TEA?

Com o aumento do número de indivíduos diagnosticados no espectro autista, muitos pais se preocupam quando pensam em aumentar a família e já tem um filho no espectro. Mas será que realmente a chance desse segundo filho também nascer autista existe? E a resposta é sim, as chances dos outros filhos também terem autismo aumentam, visto que o autismo é causado pela soma de fatores genéticos e 81% deles são hereditários.

É importante ressaltar que além dos fatores genéticos, fatores ambientais também podem influenciar, como exposição materna a agentes de impacto intrauterino, prematuridade e até quando o pai já estiver em idade avançada.

Mas afinal, quais as chances, em números, do segundo filho ser autista quando o primeiro já é? De acordo com um estudo realizado pelo MIND Institute, do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade da Califórnia apoiado pelo Autism Speaks, mostra que o risco de uma família ter um segundo filho autista é de 20%, sendo:

• 26% se for menino;

• 11% se for menina;

• 32% para bebês com mais de um irmão mais velho no espectro.

Diante desses dados e de outras pesquisas com informações sobre a incidência de pessoas no espectro de acordo com o gênero, outras conclusões foram realizadas:

• Se o filho primogênito for menina e o segundo for menino, as chances são de 16,7%;

• Quando os dois forem meninos, as chances são de 12,9%;

• Se o primeiro filho for menino e o segundo menina, as chances são de 4,2%;

• Se as duas crianças forem meninas, as chances são de 7,6%.

Apesar dos diagnósticos e números, a vontade de ter um segundo filho não deve ser anulada pelo amedrontamento. Mesmo que seja preciso ter uma visão realista e cuidadosa da situação, saiba que o mais é importante e entender que quando se aumenta uma família aumenta-se também o medida de amar.